quarta-feira, 27 de junho de 2012

Governo não negocia e greve continua

Publicado em: http://www.sindsaudemg.org.br/
Data: 27/6/2012



Em assembleia realizada nesta quarta-feira (27) na Praça da Assembleia, os trabalhadores da saúde estadual repudiaram a forma com que o governo está tratando o movimento grevista e decidiram, por unanimidade, manter a greve. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira (04.07), também no Pátio da ALMG.

Além dos trabalhadores da Fhemig e do Hemocentro de Juiz de Fora, que estão em greve desde o dia 14 de junho, também participaram da assembleia os servidores da Fundação Ezequiel Dias (Funed) – que entraram em greve a partir desta quarta (27) –,  os servidores da Escola de Saúde Pública (ESP) – que devem aprovar a adesão à greve ainda nesta quarta –, e servidores da Secretaria Estadual de Saúde e de várias Gerências Regionais de Saúde – que já aderiram à greve.

Apoio 
Outro destaque da assembleia desta quarta foi o apoio prestado por representantes de dezenas de sindicatos, movimentos sociais e movimentos estudantis, além da CUT Nacional e da CUT-MG. Todos reforçaram que as entidades estão à disposição para ajudar política e financeiramente a greve da saúde. “Essa greve, essa luta não é só dos trabalhadores da saúde, mas de toda a sociedade mineira, que exige uma saúde pública de qualidade”, disseram vários apoiadores. 

Psicólogos, Metalúrgicos, Educadores, Médicos, Servidores da saúde privada, Oficiais de justiça, Operadores de Telemarketing, Bancários, servidores da Copasa, Aeroviários foram algumas categorias que estiveram, por meio de seus sindicatos, representados na assembleia. A União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Via Campesina, a Articulação dos Movimentos Sociais e Pastorais foram alguns dos movimentos sociais que também prestaram apoio à greve da saúde.

Fortalecimento
As escalas mínimas continuarão a ser feitas nas unidades pelo menos até quarta-feira, e até lá várias manifestações e assembleias serão realizadas para fortalecer o movimento. Em Barbacena e na Funed, por exemplo, os servidores se reunirão em assembleia na quinta-feira (28). Os servidores do Hospital Regional de Juiz de Fora farão uma manifestação na manhã de sábado (30), na porta do Fórum, onde haverá uma convenção do PSDB, provavelmente com a presença do secretário de saúde. Na manhã de sexta-feira (29), militantes da comunicação se reunirão no Sindieletro para discutir apoio à greve nas redes sociais e nos jornais e portais dos sindicatos e dos movimentos sociais.

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Servidores da Fhemig, Funed, SES, ESP e Hemominas de todo o Estado participaram da assembleia
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Servidora do Hospital Regional de Patos de Minas manifesta seu baixo salário de forma diferente
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Servidores da Escola de Saúde Pública chegam à assembleia após passeata pelas ruas da cidade
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Representantes de dezenas de sindicatos, movimentos sociais e movimentos estudantis compareceram à assembleia e prestaram todo apoio à greve da saúde

terça-feira, 26 de junho de 2012

Convocamos a militância para duas importantes agendas de luta

foto: acervo Sind-Saúde / CutMinas
Conforme definição da plenária dos movimentos sociais, ocorrida ontem, no Sindieletro, onde estiveram presentes cerca de 60 militantes de mais de 40 organizações sindicais, populares, pastorais e estudantis. 

Percebendo as movimentações recentes internacionais e em nosso estado, convocamos a militância para duas importantes agendas unitárias de luta

As forças populares precisam se juntar e fazermos esses enfrentamentos conjuntamente. 

Convocamos as organizações, lutadores e lutadoras do povo para a Assembléia Geral da Saúde, que ocorrerá amanhã, quarta, 27/06, as 10h no pátio da Assembléia Legislativa.
E na quinta, dia 28/06, 19h, em frente ao Hotel Mercury, na abertura do encontro da OAB, faremos um ato Contra o Golpe no Paraguai, pela Reintegração dos demitidos arbitrariamente na CEMIG, e pelo atendimento da reivindicações dos trabalhadores da Saúde
O governo do Estado, Anastasia, o PSDB e as grandes empresas, seguem na ofensiva atacando os direitos do povo mineiro.

A greve da Saúde já dura 13 dias, sem negociação, com repressão, proibição do comando de greve de entrar nas unidades, processos administrativos, e práticas antisidincais. A principal pauta dos trabalhadores da saúde, é melhor condições de trabalho, para melhor poder atender a população. 
Na CEMIG, foram demitidos arbitrariamente eletricitários com estabilidade no emprego, sem qualquer justificativa. No dia 1 de junho, a empresa demitiu o técnico de segurança no trabalho mais antigo da Cemig, que também é dirigente sindical, Paulo Marinho. No dia 12, três técnicos com estabilidade  pela atuação na Comissão Interna de Prevenção de Acidente (Cipa) e  com mais de 20 anos de Cemig – também foram demitidos sem motivo. Práticas que visam destruir a liberdade de organização dos trabalhadores. E três trabalhadores da Cemig S, todos com proximidade com o Sindicato. As práticas são claramente antisindicais. 
No Paraguai, um golpe em tempo recorde, 30 horas. Revestido de legalidade. Numa atitude que fere a soberania do povo. E uma demonstração que a a direita mais recalcitrante da América Latina, está atuante e conta com o apoio dos EUA, país que de imediato reconheceu o novo presidente. 

A resposta a essas intransigência está sendo demonstrada diariamente: nada Saúde, cada vez mais servidores entram em greve, na CEMIG os trabalhadores  realizaram atos de rua, audiências e pedido de intervenção da justiça. O povo paraguaio, países e organizações populares organizam ato de resistência ao golpe. 

É a luta que fará com que ganhemos essas batalhas, 

Nos encontramos na luta, estejamos todos e todas lá, 
ajudemos na mobilização, 
saudações de animadas com a luta,
QUEM LUTA EDUCA
Articulação dos Movimentos Sociais de Minas Gerais

Movimentos sociais são as diferentes experiências pedagógicas de formação, articulação e mobilização popular: sindicatos, movimentos populares, de mulheres, camponeses, negros, povos indígenas, ambientalistas, de diversidade sexual, população de rua, pastorais sociais, entre outros. Organizações de superação da invisibilidade, defesa de direitos, e  construção de uma identidade de classe.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Servidores da saúde de Minas Gerais mantêm greve por tempo indeterminado

21/06/2012

Categoria não abre mão da pauta de reivindicações e vai ampliar o movimento para obrigar o governo do Estado a negociar

Escrito por: CUT-MG

Os servidores e servidoras da saúde de Minas Gerais aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado em assembleia geral estadual realizada nesta quarta-feira (20) no pátio da Assembleia Legislativa (ALMG). Os trabalhadores e trabalhadoras exigem reajuste de 65%, o mesmo índice concedido aos médicos,  para todos, revisão do plano de carreira, pagamento de direitos trabalhistas a quem tem direito, melhores condições de trabalho, investimento na saúde de 12% do orçamento conforme determina a Constituição e redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais para todos sem redução de salário.
 
Participaram da assembleia a presidenta da CUT-MG, Beatriz Cerqueira; do secretário-geral Jairo Nogueira; e o secretário de Comunicação da Central no Estado, Neemias Rodrigues. Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde também contam com a solidariedade dos sindicatos da base CUTista, dos movimentos sociais e dos deputados da bancada de oposição ao governo do Estado.
 
A categoria também aprovou uma vigília até as 17h desta quarta-feira na Assembleia Legislativa, pois havia a possibilidade de uma reunião com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. O encontro estava sendo intermediado pelo líder do governo na Assembleia, Bonifácio Mourão, a pedido de uma comissão composta pelo comando de greve do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG), dirigentes da CUT-MG e deputados do bloco de oposição. Os servidores e servidoras também aprovaram manifestação em frente ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, nesta quinta-feira (21), e nova assembleia estadual às 10h desta sexta-feira (22) no pátio da ALMG.
 
Segundo Renato Barros, diretor do Sind-Saúde/MG, na reunião realizada na terça-feira (19), na Cidade Administrativa, o governo do Estado não apresentou proposta concreta. “O governo nos mostrou uma nota em que acenava com alguns benefícios, uma proposta muito tímida, desde que a categoria suspendesse a greve. Não é uma proposta e sim uma imposição do governo”, disse Renato Barros.
 
O governo do Estado admitia, no texto, aumento da gratificação complementar (GC) concedida a auxiliares de apoio, técnico operacional, enfermeiros e analistas de gestão e assistência à saúde da Fhemig de 20,7% para 30% a partir de agosto deste ano; para 40% em 2013 e 50%, em 2014. O documento também acena com pagamento dos dias parados, aumento em 330% a base de cálculo da insalubridade, ou seja, a base de cálculo passará de R$ 200,00 para R$ 660,00. Além disso, adicional noturno de 20% sobre o valor da hora noturna para todos os servidores do Sistema de Saúde que fazem jus a esses direitos. Outro benefício é o aumento em 50% do valor do adicional de emergência. Durante a assembleia, os servidores e servidoras decidiram não abriram mão da pauta de reivindicações e votaram pela manutenção da paralisação.
 
Para a presidenta da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, os servidores e servidoras da saúde precisam não apenas continuar em greve mais ampliar no movimento. “Vocês não fizeram greve para discutir corte de ponto. Fizeram greve não apenas por salário, mas por melhores condições de trabalho. Vocês precisam ampliar o movimento, senão não vai haver negociação. O documento que o governo apresentou tem muito mais marketing do que propostas concretas. O governo tentou mostrar que é bonzinho e que quer negociar. Tenta mostrar para a sociedade que os trabalhadores é que são intransigentes. O governo mente, não houve negociação até agora. O momento é de ampliar e fortalecer a greve desde o início, e aproveitar que a paralisação tem sido pautada pela mídia. O governo vai tentar desgastar o movimento e por isso ele tem que ser forte desde o início. Vocês que estão nesta assembleia precisam convencer seus companheiros que ainda estão trabalhando a aderir e fortalecer a greve”, afirmou Beatriz Cerqueira.
 
A presidenta da CUT-MG cobrou novamente uma atitude dos deputados estaduais sobre os movimentos da classe trabalhadora em Minas Gerais. “Os deputados precisam dizer com quem estão comprometidos. Não podem se omitir diante dos desmandos do governo do Estado. A CUT vai denunciar à OIT as práticas antissindicais do governo do Estado, que trata os trabalhadores da Cemig com demissões e educadores com processos administrativos. Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde devem ficar firmes. Acompanho a saúde por afinidade de militância e nunca vi uma greve tão organizada e tão bem coordenada. Não desistam, não pereçam, não transijam. A CUT estará junto com vocês em todos os processos e em todos os momentos.”
 
A paralisação, que começou na última quinta-feira (14) cresceu na última semana, com a adesão de servidores e servidoras de cidades como Barbacena, Juiz de Fora e Patos de Minas. Com a paralisação das atividades, todas as 22 unidades da Fhemig estão operando em escala mínima. Trabalhadores e trabalhadoras da Funed, Hemominas, Secretaria de Saúde, Escola de Saúde Pública e Unimontes realizarão assembleias ainda essa semana e devem aderir à greve.
 
Pauta trancada
O deputado estadual Rogério Correia (PT) anunciou, durante a assembleia dos servidores e servidoras da saúde, que a bancada de oposição iniciaria na tarde desta quarta-feira (14) um processo de obstrução dos trabalhos da Assembleia Legislativa para pressionar o governo do Estado a negociar com a categoria e a rever as demissões na Cemig.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

CUT/MG apoia trabalhadores da Saúde

Confira o boletim de convocação para a assembleia do dia 20 de junho



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Em greve, trabalhadores de hospitais no interior fazem manifestações


Data: 19/6/2012



Foto: Patos Hoje
Os trabalhadores da saúde do Hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas, e do Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora, fizeram na tarde desta segunda-feira (18) grandes manifestações na porta das unidades e pelas ruas das cidades para demonstrar à sociedade e ao governo os motivos que levaram os profissionais a optar pela greve por tempo indeterminado.
Os profissionais das 22 unidades da Fhemig decidiram na sexta-feira (15) aderir à greve geral da saúde mineira. De lá para cá, apenas 30% dos servidores dos Hospitais estão trabalhando, em respeito à obrigação da escala mínima e aos usuários que necessitam de atendimento de urgência ou que estão internados.
Dentre as reivindicações dos trabalhadores do Hospital Regional Antônio Dias, do Hospital Regional João Penido e de todos os outros milhares de servidores da saúde pública estadual, destaque para reajuste salarial de 65%, revisão do plano de carreira, melhoria nas condições de trabalho, redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial e pagamento de direitos trabalhistas como adicional noturno, adicional de insalubridade e vale-refeição.
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As manifestações desta segunda receberam grande cobertura da imprensa das regiões.
Confira algumas matérias abaixo:

Tribuna de Minas (Juiz de Fora): 18/06/2012: Servidores da saúde em greve vão às ruas para informar população
Patos Notícias: 18/06/2012 - Trabalhadores da saúde perdem a paciência e entram em greve
Patos Hoje: 18/06/2012 - Sem aumento, servidores do Regional entram em greve e fazem protesto
Diário de Patos: 18/06/2012 - Servidores da saúde de Patos de Minas fazem manifestção na tarde desta segunda-feira
 NTV News – 18/06/2012:


Publicado em: http://www.sindsaudemg.org.br/

Leitura Crítica da Mídia em "Latifúndio Midiota"

Confira a repercussão na mídia das paralisações e do primeiro dia da greve da saúde


A grande imprensa noticiou o primeiro dia da greve geral e todas as paralisações pontuais realizadas pelos trabalhadores do sistema estadual de saúde. Confira abaixo algumas matérias:
14/06 – Início da greve geral
Jornal Super Notícia:
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Jornal O Tempo:




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11/06 – Terceira paralisação: Hospitais Galba Velloso, Raul Soares e Alberto Cavalcanti
04/06 – Primeira paralisação: Hospitais Júlia Kubitschek, Eduardo de Menezes e da Maternidade Odete Valadares
Estado de Minas: Funcionários dos hospitais da Fhemig fazem paralisação nesta segunda-feira
O Tempo: Servidores estaduais da saúde começam paralisação nesta segunda em hospitais da Fhemig
Hoje em Dia: Longa espera nos hospitais em greve em BH
Jornal Montes Claros.com : MG – Paralisação dos servidores estaduais da saúde começa nesta segunda


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Greve geral da saúde pública de Minas Gerais contra o arrocho começou na quinta-feira

 Proposta apresentada pelo Sind-Saúde em fevereiro até hoje não recebeu do governo estadual nenhuma resposta concreta. CUT/MG mobiliza corrente de solidariedade.

 Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde aprovaram a continuidade da greve geral durante assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (14), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A categoria paralisou as atividades em todo o Estado nesta quinta-feira. De acordo com pauta entregue pelo Sind-Saúde/MG ao governo do Estado em fevereiro, os servidores e servidoras reivindicam, dentre outros pontos, reajuste salarial igual para todos, revisão do plano de carreira, pagamento de direitos trabalhistas a quem tem direito, melhores condições de trabalho, investimento na saúde de 12% do orçamento conforme determina a Constituição e redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais para todos sem redução de salário.
 
Nova assembleia está marcada para as 14h da próxima quarta-feira (20). Um dia antes, às 19h, foi agendada um rodada de negociação entre os dirigentes do Sind-Saúde/MG com representantes do governo do Estado, que prometeram apresentar uma proposta concreta para os trabalhadores, o que não aconteceu no encontro de quarta-feira (13). Até lá, os servidores e servidoras da saúde vão trabalhar em escala mínima em todo o Estado, com cerca de 30% do pessoal.
Na assembleia desta quinta-feira, os trabalhadores e trabalhadoras da saúde receberam o apoio da Central Única dos Trabalhadores, de outros sindicatos, dos movimentos sociais e de partidos políticos. Centenas de servidores vieram de caravanas do interior e lotaram o pátio da ALMG.
A presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, parabenizou os servidores pela greve e alertou para as possíveis retaliações por parte do governo estadual. “Vim de uma audiência pública em que se debateu uma questão muito importante para a saúde, que é a água, e um deputado, da base do governo, tentou desqualificar os dirigentes sindicais que estavam lá. O governo vai tentar desqualificar o movimento de vocês e suas lideranças. O governo Anastasia não é capaz e resolver conflitos. É uma administração que só tem eficiência na publicidade. Uma greve por si só é vitoriosa, mas precisamos conquistar o apoio da sociedade. Para isso, é necessário dialogar com a população, usando de todos os meios, a internet, o blog, o facebook, enviar e-mails para jornais, rádios, TVs, para que fiquemos isolados. O sindicato tem o seu papel, e a Central tem o seu, e o coletivo, formado pelas outras entidades e os movimentos sociais, é fundamental para evitar o isolamento.”
Para Beatriz Cerqueira, apoiar a greve é uma obrigação da CUT. “Devemos fazer muito mais, estar ao lado de vocês em todos os momentos. A Central Única dos Trabalhadores assumiu o compromisso de denunciar aos organismos internacionais das práticas antissindicais do governo do Estado. Vamos ver se assim, com a exposição dos desmandos nacional e internacional, esse governo se envergonhe do que está fazendo com os trabalhadores.”
Nas ruas de BH, servidores aumentam a pressão contra o arrocho
Nas ruas de BH, servidores aumentam a pressão contra o arrocho
A presidenta da CUT ressaltou também que é preciso ter cuidado para negociar com o governo. “Tenho certeza de que vocês farão um bom trabalho, mas é bom lembrar que no ano passado, o Sind-UTE/MG propôs o encerramento de uma greve de 112 dias, porque tínhamos um documento assinado por um secretário de Estado. O governo não cumpriu o compromisso.” Beatriz Cerqueira enfatizou o enfrentamento da CUT com a administração Anastasia. “Desde o dia 3 de junho o governo do Estado sabe que a defesa da classe trabalhadora será intransigente.”
 
Renato Barros, do Sind-Saúde/MG, disse que a categoria aguardava uma proposta concreta do governo estadual há quatro meses. “Protocolamos nossa pauta em fevereiro. Quando nos reunimos em maio, pediram novamente que apresentássemos nossas reivindicações. Na quarta-feira, acenaram com o reposicionamento e outros itens, dentro de uma política remuneratória, e prometeram nos apresentar uma proposta concreta na próxima semana. Mas pediram que não fizéssemos greve. Aí argumentamos que os trabalhadores não aguentavam esperar mais.
GRANDE MANIFESTAÇÃO
O Sind-Saúde apresentou a pauta de reivindicações em fevereiro, e até hoje o governo não deu qualquer resposta concreta. Dentre os pontos reivindicados, destaque para reajuste salarial igual para todos, revisão do plano de carreira, pagamento dos direitos trabalhistas, melhoria nas condições de trabalho e redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais.
Várias unidades hospitalares e hemocentros estão operando, a partir de hoje, em escala mínima, ou seja, com apenas 30% do número de profissionais. O Sind-Saúde e os trabalhadores da saúde esperam que o governo tenha sensibilidade com a categoria e com a população e apresente propostas concretas.
UNIÃO
Em um ato histórico, os servidores da UFMG, que estão em greve desde maio, se uniram aos trabalhadores da saúde e engrossaram o coro por melhorias nos salários e condições de trabalho dos servidores da saúde e educação de Minas e do Brasil. Outros sindicatos e movimentos sociais também estão apoiando a greve da saúde.
O Sind-Saúde agradece aos apoiadores e ao Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes) pelo importantíssimo apoio à greve da saúde. Os trabalhadores da saúde também apoiam a greve dos técnicos e professores da UFMG e das universidades federais. Só com união é que os trabalhadores conseguirão fazer com que os governos valorizem os servidores públicos.


terça-feira, 12 de junho de 2012

CUT/MG articula rede de solidariedade à greve dos metroviários




Além de levar o apoio efetivo de toda sua base CUTista à greve dos metroviários de Belo Horizonte, a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, afirmou, na noite de terça-feira (5), durante assembleia da categoria na Praça da Estação, que Central articula também uma rede de solidariedade junto aos movimentos populares e sociais às paralisações da categoria e de outros. A greve dos metroviários foi deflagrada no dia 14 de maio, motivada pela proposta de reajuste zero apresentada para Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Beatriz Cerqueira participou da assembleia juntamente com vice-presidente da CUT/MG, Carlos Magno de Freitas; o secretário de Administração e Finanças da Central em Minas, Reginaldo Tomaz de Jesus; José Celestino, o Tino, e Shakespeare Martins de Jesus, secretário de Formação e integrante da direção nacional da CUT, respectivamente.

"Nesta assembleia já contamos com a presença de representantes dos movimentos sociais e de outros sindicatos na assembleia e vamos ajudar os metroviários a fazer a disputa na opinião pública, com depoimentos de lideranças declarando seu apoio à greve dos metroviários. Sou grata por contar com vocês, metroviários, na direção da CUT e vamos caminhar lado a lado nesta greve e no dia-a-dia da Central. Obrigada pela disposição de luta de vocês e boa conquista para todos", disse a presidenta da CUT/MG.

José Celestino, o Tino, revelou que a CUT Nacional também apoia a greve dos metroviários, que atinge vários estados, e está intercedendo junto ao governo federal que a CNTU negocie um reajuste digno para trabalhadores e trabalhadoras do Metrô. "É um absurdo propor reajuste zero. A classe trabalhadora não pode ser culpada pela crise. A CUT estará junto de vocês até a vitória."

Reginaldo Tomaz de Jesus, também diretor do Sind-Saúde/MG, manifestou a solidariedade dos servidores de saúde ao movimento dos metroviários e lembrou que sua categoria vem fazendo paralisações pontuais e vai entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 14. "Vocês, metroviários de Belo Horizonte, foram os primeiros a parar em todo o Brasil e podem contar com a Central Única dos Trabalhadores. Nós, da saúde, também estamos em campanha salarial e vamos precisar do apoio de todos. Nesta quarta-feira (6) faremos um ato pela manhã em frente ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e contamos com a participação de todos."

Dissídio coletivo

Os metroviários de Belo Horizonte decidiram continuar em greve, depois que audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, entre representantes da CBTU, do Sindimetro-MG e de outros sindicatos, terminou sem acordo na noite de terça-feira (5). A CBTU, pela primeira vez após 23 dias de greve, apresentou proposta de reajuste de 2% à categoria, que rejeitou a medida. Os representantes dos metroviários pediram 5% de aumento, mais 2% de ganho real e dois níveis de carreira, pelo menos.

Os metroviários de Belo Horizonte, além de rejeitar a proposta da CBTU, em assembleia realizada na noite de terça-feira (5), na Praça da Estação, aprovaram nova reunião na próxima quarta-feira (13), às 14h30, no mesmo local.

As negociações podem ir a dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A reunião está marcada para agosto. Uma outra reunião está marcada para a próxima terça (12), no Rio de Janeiro.

Na última sexta-feira (1º), a vice-presidente do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, indeferiu pedido de liminar feito pela CBTU que queria a interrupção imediata da paralisação. Ela entendeu que não havia alegações suficientes para a medida, uma vez que os metroviários têm cumprido a escala mínima de trabalho.

Em BH, o metrô tem funcionado nos horários de pico, entre 5h20 e 8h30 e 17h e 19h30, de segunda a sexta-feira. Nos sábados das 5h30 às 9h. Aos domingos o serviço é suspenso. Os metroviários pedem reajuste de 5,74%, referentes a perdas de 2011, plano de saúde integral, participação nos lucros e adicional noturno.

Texto: Rogério Hilário
http://www.cutmg.org.br

CUT/MG apoia trabalhadores da Saúde



CUT/MG, sindicatos, movimentos sociais e partidos se unem no apoio ao movimento dos servidores e servidoras da saúde

Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG, reforçou que o grande objetivo da Central é lutar para que as entidades sindicais e movimentos sociais se unifiquem em contraposição às inverdades e à ineficiência do governo Anastasia.

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), sindicatos da base CUTista, movimentos sociais e partidos políticos se uniram no apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da saúde na manhã desta quarta-feira (6) durante ato público, organizado pelo Sind-Saúde/MG. A manifestação realizada em frente ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS). Servidores e servidoras do HPS, Hospital Maria Amélia Lins, Centro Mineiro de Toxicomania e Centro Psíquico de Adolescência e Infância paralisaram suas atividades dando continuidade ao movimento da saúde estadual que culminará com a greve geral no dia 14. A concentração e ato público da manifestação foi na portaria do HPS.

A participação de representantes de sindicatos e movimentos sociais demonstrou que o movimento da saúde tem grande apoio e que os trabalhadores de Minas Gerais estão unidos e mobilizados para que o governo Anastasia respeite todas as categorias.

O Comando de Greve dos trabalhadores da saúde irá se reunir na sexta-feira para decidir sobre as próximas paralisações pontuais e dar continuidade à organização da greve geral que se inicia dia 14.

A nova diretoria da CUT/MG já inicia o mandato cumprindo duas agendas: o apoio ao movimento dos metroviários e à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que começará no dia 14 de junho.